Eu acho que nunca contei minha historia de como virei fotógrafa, né? Quer saber?
Quando criança sempre gostei de colorir e de fazer trabalhos manuais com minha vó e minha tia. Naquela época quase ninguém tinha câmera fotográfica, tínhamos de pedir emprestado. Minha mãe comprou uma câmera quando eu tinha uns 11 anos, um Yashica, que eu tenho até hoje e uso como acessório nas minhas sessões e no início desse ano coloquei até coloquei um filme de 36 nela e fotografei! As fotos não ficaram muito boas não, mas foi divertida a experiência de somente compor e tirar a foto!
Sempre soube que era da área de Humanas/ Artes, e ingressei no curso de Comunicação Social da Uerj. Amei! Concluí e fiz um MBA em Marketing. Desde a época de faculdade, dava aulas de inglês para ganhar uma graninha, até que entrei para uma empresa para trabalhar na área de Comunicação mesmo, onde fiquei por quase 3 anos.
Saí da empresa, voltei a dar aulas de inglês, tive meu filho, e no ano de 2006 fiz minha primeira viagem internacional, muito sonhada e esperada desde a minha adolescência! Dela fiz um álbum scrapbook, um estilo de decorar álbuns e contar a sua história através de fotos. Quem o via, adorava e se emocionava!
Comprava revistas importadas, e logo aprendi tudo girava em torno de uma boa foto. Para ter uma boa foto, era preciso uma câmera legal e, claro, técnicas. E assim entrei no mundo da fotografia! Fiz um curso básico, consegui comprar minha primeira DSLR (uma Nikon D40X), e daí em diante não parei mais!!! Sempre fazendo cursos, estudando muito sozinha na internet, aliando meus conhecimentos de comunicação e marketing para começar o meu próprio negócio, fazendo upgrade dos meus equipamentos sempre que podia.
Isso tudo em paralelo ao meu trabalho de professora de curso de inglês e de consultora de marketing digital para pequenas empresas: tirava fotos dos produtos, criava e alimentava suas redes sociais, dentre outras coisas. Ao mesmo tempo, também comecei a fazer ensaios para amigos, até que começaram a me indicar, e eu comecei a cobrar pelo trabalho de fotografia.
Em 2010 já não podia mais sustentar o trabalho de professora de inglês e o larguei completamente. Assim como já havia deixado as pequenas consultorias. E me dediquei exclusivamente à fotografia.
Deu medo e insegurança? Sim! Afinal trabalhava em uma boa empresa há 7 anos, tinha benefícios. Mas não suportava mais. A paixão pela fotografia era infinitamente maior, uma obsessão até, eu pensava em fotografia 24 horas por dia. Queria falar sobre isso, ver mais e mais fotos, estudar. E aquele trabalho me impedia de seguir a minha paixão. Então eu o larguei por completo!
É possível começar algo novo, do zero, sim. Eu não tinha recursos financeiros iniciais, somente meu tempo e disposição para aprender. Por isso mantive os trabalhos que tinha, para poder ter os recursos que precisava para fazer cursos e comprar minha primeira câmera. Demorou cerca de 2 anos e meio até eu ter uma base regular de clientes e trabalhos mensais. Não se pode desistir no início!
Ainda nos 3 primeiros anos exclusivamente como fotógrafa, trabalhei somente em locações externas e depois passei a fazer algumas fotos na minha própria casa, montando e desmontando cenários. Era uma trabalheira só, já não tinha mais espaço para guardar as coisas, e quando vi que tinha um volume bom de trabalho, decidi alugar e montar um espaço só meu. Um sonho, quem diria!
Eu acredito que tudo o que queremos muito, e trabalhamos com consistência para conseguir, dá certo. Com objetivos e metas traçados e disciplina para alcançá-los, você chega lá.
Eu sabia que dar aulas de inglês não era o que eu queria fazer a vida toda, apesar de eu gostar de fazê-lo. Mas trabalhar com o que se ama, com a sua paixão, é extremamente gratificante e libertador!
Essa é a minha historia e foi assim que aconteceu comigo. Eu não estou dizendo aqui para você largar o seu trabalho hoje e simplesmente ir em busca do seu sonho, de forma irresponsável, só porque você gosta ou quer muito fazer uma coisa. A mensagem que gostaria de deixar é que, se você está sempre insatisfeito com seu trabalho, ou sente que poderia fazer algo novo, mais compensador para você, existe um caminho. Ele não é fácil nem curto, mas está lá para quem sabe o que quer e o que precisa fazer para chegar lá.
Leia também o artigo que escrevi no Linkedin sobre mais um pouco dessa historia – Os Vários Caminhos que Percorri até chegar ao “Meu Sucesso Profissional”.
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